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Alt Fest ! Fliporto 2011

Luiz Gonzaga - Centenário de Nascimento

Augusto dos Anjos - 100 Anos do Livro "EU"

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Poesia e Poetas dos Anos 1990


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Rita Joanna de Souza (1696 – 1718)
Natural de Olinda, tida como a primeira poetisa brasileira, dedicou-se ao estudo da Geografia e da História, chegando a escrever apostilas, que se perderam no tempo, assim como sua poesia, sendo lembradas pelos cronistas. Pintora, registrou as flores, a natureza fecunda da Marim dos Caetés, as noites estreladas e a aurora. Encantou-se aos 22 anos.
De Marim em seu ninho de verduras ela nasceu!
Brincando junto ao mar, ao som das vagas, assim cresceu.
De seu berço as belezas contemplando ela viveu,
Pintando flores e cantando amores assim morreu!
Versos em sua homenagem, publicados no livro Pernambucanas Illustres, de Henrique Capitolino Pereira de Mello, Pernambuco, 1879, reproduzido no livro Pernambuco, Terra da Poesia, coordenado por Antônio Campos e Cláudia Cordeiro, editado pelo Instituto Maximiano Campos – IMC e pela Escrituras Editora, Recife/São Paulo, 2005.



Alberto da Cunha Melo
(Jaboatão, 8/04/1942 – Recife, 13/10/2007)


Neto e filho de poetas, José Alberto Tavares da Cunha Melo pertence à Geração 65 de poetas pernambucanos. Como Sociólogo, atuou durante onze anos na Fundação Joaquim Nabuco. Jornalista, foi editor do suplemento Commercio Cultural do Jornal do Commercio, e da revista Pasárgada. Colaborou na coluna Arte pela Arte, do Jornal da Tarde, SP, e manteve a coluna Marco Zero, na revista Continente. Sua poesia não se rendeu ao charme das vanguardas e encontrou no metro octossilábico (centenas de poemas, milhares de versos, em vários livros publicados), o  mais raro em Língua Portuguesa, a melhor melodia para o seu canto fraterno, e ”sua lição de dor que se faz beleza e arranca de si forças para construir uma poesia cujo nome secreto é – resistência.” (Alfredo Bosi, no prefácio do livro Yacala).
 
Em 2001, foi incluído nas antologias: Os cem melhores poetas brasileiros do século XX, Geração Editorial, SP, e 100 anos de poesia. Um panorama do poesia brasileira no séc. XX. Algumas obras publicadas: Círculo Cósmico, Recife, 1966. Oração pelo poema, Recife, 1967. Noticiário, Recife, 1979. Carne de Terceira com Poemas à Mão Livre, Recife, 1996. Yacala, Recife, 1999. Meditação sob os Lajedos - EDFURN/Bagaço - Natal/Recife, 2002. O cão de olhos amarelos, A Girafa Editora, São Paulo, 2006 – Prêmio da Academia Brasileira de Letras.


França (Cabo de Santo Agostinho, 1955 – Recife, 16/10/2007)

Valdemilton Alfredo França (França de Olinda) cursou Artes Cênicas na UFPE. Figura mítica e admirada de Olinda, cidade que escolheu como residência, a partir de 1975. Foi um dos fundadores e diretores do TAO – Teatro de Amadores de Olinda, grupo com o qual concebeu e encenou a peça A Cor da Exclusão, baseada em poemas de sua autoria, além de Cantares ao Meu Povo, baseada em poemas de Solano Trindade. Como proprietário do bar Sociedade dos Poetas Vivos, promoveu muitos encontros de poetas e artistas, na década de 1990. Conduziu o recital itinerante Eu, Poeta Errante, que acontecia sempre à meia-noite das quintas-feiras, em lugares diferentes da cidade de Olinda, entre 2000 e 2007. Participou do projeto Chá das Cinco, recitais itinerantes de poesia performática, patrocinados pela FUNDARPE – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, no Festival de Inverno de Garanhuns/PE de 2007 e na Fliporto (Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas), no mesmo ano. Em 2005, alguns de seus poemas fizeram parte do livro Luz do Litoral do fotógrafo Mateus Sá. No mesmo ano teve poemas editados naRevista Palmares – Cultura Afro-Brasileira. França foi um dos homenageados no Festival Recifense de Literatura em 2008.